Parceria entre entidades de Mato Grosso do Sul tornará viável o cultivo de soja e milho em Paranaíba. Análises de solo e do índice pluviométrico apresentaram resultados positivos para a região e os estudos que identificam a melhor variedade da oleaginosa e o híbrido de milho adequado para o município serão apresentados em março de 2014, após a colheita teste. As informações foram divulgadas na última terça-feira (17), pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS – Sistema Famasul), Almir Dalpasquale, em reunião no sindicato rural de Paranaíba.Um campo experimental de variedades de soja será criado no município de Paranaíba. A ação identifica a melhor semente que se adaptará a nossa região.

Participaram do encontro o presidente da Fundação Chapadão Adriano Loeff, o diretor executivo da Fundação Chapadão Edson Borges, o Técnico do Projeto Cooperideal Corte Adilson Luis Gastardelli Júnior, o presidente do Sindicato, Wilberto Antônio Amaral, o vice Fábio de Carvalho Macedo, o secretário municipal de Agronegócio, José Souto Silva (Zé Carioca), Ademar da Silva Júnior, presidente da Funar (Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural) e o gerente da agência do Banco do Brasil, Pierre Giordano Barreto.
De acordo com Almir Dalpasquale, presidente da Aprosoja, a Associação, criada em 2007, cuida de todo o processo de produção, da economia, logística e desenvolvimento da cultura da soja e milho no Estado. Um dos desafios de sua gestão, contou, é trazer o desenvolvimento de grãos para a região do Bolsão, e agora foi lançado o projeto piloto, que será desenvolvido dentro de uma propriedade rural, para o plantio de soja.

A Fazenda Mascote do produtor Milton Macedo de Jesus localizada na BR-483 região do Barreiro terá utilizada uma área de 42,3ha, que servirá como área de teste para o cultivo piloto de grãos. O trabalho será acompanhando pela Fundação Chapadão até 2014, que estará fazendo toda a parte de pesquisa e acompanhamento técnico. A Aprosoja vai dar o apoio financeiro e político de todo o projeto que será realizado em Paranaíba. O Sindicato Rural estará participando devido a sua representação em toda a região, e a Prefeitura Municipal entrará como o condutor e apoio do projeto disponibilizando caminhões para realizar o transporte do maquinário que será utilizado no projeto. Posteriormente, explicou, será mostrado para a população e para os produtores rurais que existe a viabilidade do plantio de grãos nessa região.

Almir, que também é tesoureiro da Famasul, explicou que o projeto não é um teste, mas sim uma validação. Ele observou que, no passado, várias pessoas já plantaram soja na região, porém, sem um acompanhamento mais técnico e sem um conhecimento maior, é mais difícil obter sucesso. Por isso, continuou, a Aprosoja traz para Paranaíba o conhecimento técnico. Ela quer ainda aportar recursos e, junto com o Sindicato Rural e Prefeitura, mostrar que a viável a cultura de grãos de soja no município.

Para o presidente, o maior desafio em Paranaíba é descobrir qual a época certa da semeadura e quais as variedades que vão se adaptar. Historicamente, acrescentou, a região tem poucas chuvas durante o verão ou, quando tem, elas se concentram muito em um período e passam um outro sem chuvas. Então, a área técnica terá um desafio de mostrar qual a janela em que a semeadura deverá ser feita.

O projeto já começa imediatamente, uma vez que a cultura da soja e do milho em Mato Grosso do Sul começa a "rodar" a partir do final de outubro. Conforme Almir, o melhor plantio inicia a partir do próximo dia 20 até o início de outubro. Ele acredita que em Paranaíba serão feitas três épocas para que sejam avaliados os resultados. A primeira deve ser o mês que vem, e a Fundação marcará as próximas duas para que a validação seja feita em 2014.

O presidente da Aprosoja contou que está otimista para a realização do projeto em Paranaíba. "Sempre tive vontade de trazer essa cultura para cá, como produtor, como conhecedor e pelo amor que eu tenho pelo meu estado. Eu tenho certeza que aqui nós vamos plantar uma semente que vai dar um grande futuro", destacou.

Além das sementes mais indicadas para a região, as pesquisas revelarão o período ideal de plantio e colheita. "O município tem logística favorável e histórico de produção agrícola. Vamos aplicar as tecnologias disponíveis e observar os resultados, para um cultivo de sucesso", considerou o presidente da Fundação Chapadão, Adriano Loeff.

Wilberto Amaral contou que a atual diretoria sempre buscou diversificar a cultura do agronegócio em Paranaíba, algo que, na opinião dele, é importante para o desenvolvimento do município. Ele espera que o início do projeto seja também o plantio de uma semente que rendará bons frutos.

Assessoria do Sindicato Rural

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