Paranaíba - MS, 18 de Maio de 2024

Blocos com open bar não entram menores

25/02/2011 às 14:17
Blocos com open bar não entram menores

Cinco noites de festa com bebidas alcoólicas à vontade, grande concentração de jovens da cidade, região e estado. Esses serão alguns dos atrativos oferecidos no Carnaíba 2011 pelos blocos carnavalescos.
Porém, o que mais tem se comentado ultimamente nos dias que antecedem a festa e tem sido dúvida frequente de pais e foliões que passarão o carnaval em Paranaíba, são as restrições impostas, com destaque para a entrada de menores de 18 anos de idade, que é proibida em bloco onde a bebida é oferecida do modo “open bar”, ou seja, à vontade.

A decisão é do juiz de direito da vara da Infância e Juventude, Francisco Vieira de Andrade Neto, que a exemplo do ano passado, fez algumas exigências em relação à permanência de menores no Carnaíba, com destaque para a impossibilidade destes participarem dos blocos ou espaços onde há bebidas servidas de forma gratuita.
Conforme Andrade Neto, todas essas medidas estabelecidas são voltadas à proteção da criança e do adolescente, e não têm nenhum intuito de subtrair o poder familiar exercido pelos pais e pelas mães. “Alerta que dou, é especialmente voltado aos pais, para que colaborem com as medida e reflitam sobre a educação de seus filhos e a conveniência de eles estarem e freqüentarem ambientes onde há uma grande aglomeração de pessoas e onde há risco maior de confusões, brigas ou ingestão de bebidas alcoólicas”, comentou.
Segundo a psicóloga Márcia Patinho, a ingestão precoce de álcool afeta diretamente a vida do menor, por ser uma droga que age diretamente no sistema nervoso central. “Altera totalmente o estado mental da pessoa, o comportamento, as atitude. O maior risco que a gente tem do menor estar bebendo é a potencialização de ele se tornar um dependente, ser um alcoolista, pois é a isso que leva a ingestão do álcool no início, enquanto menor. Temos pesquisas que dizem que adolescentes que bebem entre 15 e 16 anos têm quatro vezes maior o potencial de se tornar um alcoolista”, afirmou Márcia.
Em relação à postura dos pais, Márcia afirmou que muitas vezes é um comportamento permissivo, em função da insistência do adolescente. “O adolescente insiste, porque está toda moçada nas festas. Enfim, são locais que a gente sabe que o uso e abuso do álcool acontecem mesmo. Com essa freqüência nas festas, além do uso do álcool, o menor corre o risco de pegar um carro e dirigir, sofrer uma violência ou causar, desacatar autoridades, como já vimos muitas vezes. E isso é risco também para a família, explicou.
Além da probabilidade de dependência do álcool aumentar com a ingestão precoce, as conseqüências, conforme a psicóloga, são muitas outras. “Pode atrapalhar no trabalho, na escola, no convívio com os amigos. Há também o risco de prática de sexo inseguro, sofrer violência no trânsito e complicar a relação com os pais”, explicou.
Por fim, Márcia pontuou o que leva à dependência. “A ingestão contínua causa euforia, alegria momentânea e depois vai se tornando menos intenso, vem aquela tristeza que faz com que depois a pessoa precise utilizar novamente e isso acaba criando uma resistência cada vez maior em tolerar o álcool, o que aumenta consequentemente a ingestão e também os danos”. concluiu.

Fonte: Folha de Paranaíba
Fernando Machado

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